Vocês já devem ter reparado que eu sempre falo das ervas naturais e de como elas são ótimas para temperar os alimentos. Não abro mão de manter vários tipos delas na minha cozinha. São muito benéficas para a saúde e se impõe como alternativa para manter o equilíbrio do organismo.
Ajudam, por exemplo, a aumentar a imunidade, combater as bactérias nocivas ao sistema digestório, controlar o colesterol, colaborar na digestão, acalmar, além, claro, de serem boas aliadas contra os enjoos e as náuseas. Alô, mamães!
Ervas que acalmam
Neste grupo, estão as folhinhas que ajudam a apaziguar os “nervos” e promover bem-estar. A mais famosa é a camomila. Huuum! Quer ter um sono tranquilo, tome um chazinho de camomila antes de se deitar. É tiro e queda! Outras do mesmo tipo são a melissa, também conhecida como erva-cidreira; erva-de-são-João, eficiente para espantar a depressão e a ansiedade; a passiflora, uma espécie de maracujá; e a valeriana, que atua também sobre a melhoria do sono.
Ervas para auxiliar o bom funcionamento do intestino
A ciência já comprovou que o intestino é nosso segundo cérebro. Para você ter noção, ele é responsável por 80% de nossa imunidade e é de lá quem vem o neurotransmissor da felicidade, a serotonina. Temos que cuidar muito bem dele, não é mesmo?
Neste sentido, as ervas mais apropriadas são a raiz de malvaísco, excelente emoliente e anti-inflamatório; a hortelã e o anis, que, juntos, aliviam a dor de estômago e curam pouco a pouco a inflamação intestinal; o eucalipto, ótimo para quem sofre de colite; e linhaça, erva-cidreira e camomila (ela de novo ❤), o trio que atenua as cólicas.
Ervas termogênicas e desintoxicantes
Além de acelerar o metabolismo e diminuir as gorduras, elas são fontes de vitaminas e minerais. Aqui, estão os chás verde, branco e vermelho, a casca de laranja amarga, fucus, hibiscus, carqueja e mate. Já as ervas desintoxicantes atuam no fígado, o órgão-chave do processo de “limpeza”. São elas: boldo, alcachofra, hortelã, centelha asiática, camomila, dente de leão, erva doce, sálvia, cardo mariano e espinheira santa.
Ervas para pessoas que têm compulsão alimentar
Esse é um problema muito sério. Sempre recebo em meu consultório mulheres que até querem parar de comer, mas, dadas as circunstâncias psicológicas, não conseguem. Algumas ervas são muito bem-vindas nestes casos. Anote aí algumas interessantes: mulungú; garcínia, eucalipto, cavalinha, bugre, phitolaca mexicana, passiflora e centella asiática.
Quais ervas combinam com carnes?
Saber inovar na hora de preparar aquela carne do almoço de domingo faz toda a diferença, né? Existem algumas combinações que são bem clássicas. Para carnes vermelhas, é comum optar por um mix de pimenta calabresa, vinagre, limão, azeite, salsinha e orégano. No caso de carnes assadas, não abro mão de usar tomilho, cominho, cravo-da-Índia e, claro, cebola e cebolinha.
Já para as grelhadas, a pedida é alecrim e folhas de louro. Se você gosta de carne moída, experimente acrescentar manjericão, menta e hortelã. Fica uma delícia, gente! Os peixes combinam com manjericão, alecrim, sálvia, manjerona, louro, segurelha e tomilho, por exemplo.
Ah, se usar ervas desidratadas, saiba que elas são mais concentradas. O ideal, portanto, é diminuir a quantidade.
Atenção! ⚠
Todo consumo de ervas deve ser orientado por médico e/ou nutricionista. Apesar de fazerem muito bem pra saúde, algumas delas podem representar riscos para gestantes, favorecendo, entre outras coisas, o abortamento, e para pacientes com problemas renais, por exemplo. Se você não quer engravidar e faço uso de anticoncepcionais, é bom também ficar atenta, já que a erva-de-são-João, por exemplo, pode ser prejudicial neste sentido. Então, consulte um profissional para que este lhe auxilie na melhor escolha.
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