Gerar um novo ser exige esforço do organismo. Além de o corpo gastar mais calorias nesta fase, existe a necessidade de a mãe estar bem nutrida para garantir a saúde do bebê e a sua própria. Para atender esses quesitos, muitas grávidas cometem equívocos alimentares e o primeiro deles é levar ao pé da letra a recomendação de comer por dois. Isso é um mito! É verdade que as mamães precisam de mais energia e aporte de nutrientes. Mas é preciso ficar atento aos limites e à reais necessidades do organismo, ou o ‘comer por dois’ poderá levar a um indesejável ganho de peso, ruim tanto para a mãe quanto para o bebê. Até a décima segunda semana de gravidez, não é preciso fazer nenhuma alteração na quantidade de calorias ingeridas. A partir dessa fase é que existe a demanda de ajuste.
Normalmente, essas necessidades podem ser satisfeitas com uma porção a mais de leite e derivados (ou carne, ou peixe, ou ovos, ou leguminosas), mais uma porção de frutas ou verduras, mais uma porção de cereais e derivados. Isso pode variar, dependendo de alguns parâmetros, como nível de atividade física, por exemplo.
Contudo, com a escolha de alimentos mais saudáveis, a mãe não compromete o limite de ganho de peso durante a gravidez. O grande problema é colocar nas porções a mais as chamadas calorias vazias, que só servem para ganhar peso. Em vez de alimentos saudáveis, é comum as mães se renderem aos doces, produtos de padaria, fast food e congelados em geral.
Para uma alimentação segura, completa e variada, o ideal é fazer entre cinco e seis refeições diárias, não deixando um intervalo de mais de três horas entre elas. Também é preciso ter cuidado especial com a ingestão de alguns nutrientes, já que eles serão essenciais para a saúde da gestante e para a boa formação do bebê.
Muito importante para o desenvolvimento saudável dos ossos e dentes do bebê, o consumo de cálcio também deve ser criterioso.Se a ingestão desse nutriente for insuficiente, o bebê vai retirar o mineral dos próprios ossos da mãe. É possível aumentar o aporte de cálcio ingerindo leite e derivados, folhas verdes, feijão, laranja, salmão, sardinha, semente de gergelim e castanha do pará.
O consumo de ácido fólico é indicado antes mesmo de a mulher engravidar, já que essa vitamina garante um bom desenvolvimento do tubo neural do bebê. Além da versão em suplementos, sempre recomendada pelos médicos, a vitamina deve ser ingerida “in natura”, em leguminosas (feijão, ervilhas, lentilhas), vegetais de folha verde, cereais pouco processados, nozes, amendoins e castanhas.
Durante a gestação, as necessidades de ferro também são aumentadas. O ferro é essencial para o crescimento e metabolismo energético do bebê e para prevenir anemia na gestante.
Alimentos ricos em vitamina C, como laranja, limão, acerola, brócolis e tomate, ajudam a fortalecer o sistema imunológico, prevenindo infecções, gripes e resfriados. Além disso, ajudam na absorção do ferro.
E não deixe de consumir muitas fibras. Elas são indispensáveis para o bom funcionamento do intestino e evitam a constipação intestinal, um problema frequente entre as grávidas. Além disso, elas aumentam a sensação de saciedade.
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