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Basta descobrir que está grávida e a mulher já se vê envolvida numa maratona de consultas e exames que vai durar até o final da gravidez! E é muito importante que isso aconteça. Esse acompanhamento contínuo faz toda a diferença para uma gestação bem-sucedida, permitindo que os profissionais que acompanham a mulher possam adotar medidas preventivas ou mesmo fazer ajustes quando percebem que algo não vai bem. Monitorar os níveis de glicose é uma das preocupações nesse período! O motivo é evitar o diabetes gestacional, um problema comum entre as grávidas e que pode ser totalmente controlado. Confira:

O que é o diabetes gestacional?

É uma intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. O diabetes gestacional é o problema metabólico mais comum neste período, ocorre em 3% a 13% das gestações.

Quais são os fatores de risco?

Entre os principais fatores de risco estão o sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo durante a gestação. Outros fatores são: idade maior que 35 anos, baixa estatura (menor que 1,5 metro), história familiar, síndrome do ovário policístico, crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia.

Como é o tratamento?

O tratamento inicial consiste em orientação alimentar que permita um ganho de peso adequado (300 a 400 gramas por semana após o segundo trimestre) e atividade física, respeitando-se as contra-indicações obstétricas.

Deve-se, ainda, realizar controle glicêmico com uma glicemia de jejum e duas glicemias pós-prandiais semanais, quando não for possível realizar a monitorização domiciliar diária.

Como deve ser a dieta da grávida com diabetes gestacional?

A ingestão total de calorias deve ser calculada de acordo com o peso da gestante. O valor calórico total deve ser distribuído em 40% a 45% de carboidratos, 15% a 20% de proteínas e 30% a 40% de gorduras. A ingestão de colesterol deve ser menor que 300 miligramas por dia, dando prioridade para as gorduras boas, como o azeite e o óleo de canola. É recomendada a ingestão de peixe, três vezes por semana, para o fornecimento de ômega 3.

A gestante também deve consumir  entre 20 e 35 gramas de fibras ao dia. As fibras podem ser encontradas em alimentos como a aveia, frutas, legumes e vegetais.

É seguro usar adoçantes durante a gravidez?

Sim. Atualmente os adoçantes aprovados para uso pelas gestantes são sucralose, aspartame, acessulfame-K, xilitol e stévia.

Quando é indicado o uso de insulina?

O tratamento farmacológico deve ser iniciado se, após duas semanas de dieta, os níveis glicêmicos permanecerem elevados (glicose de jejum maior ou igual a 95, uma hora pós-prandial maior ou igual a 140 e duas horas pós-prandial maior ou igual a 120 mg/dl).

O diabetes gestacional impede a realização de um parto normal?

Não. As gestantes com ótimo controle metabólico e que não apresentam antecedentes obstétricos de morte perinatal, macrossomia ou complicações associadas, como hipertensão, podem aguardar a evolução espontânea para o parto normal até o termo.

A mulher que teve diabetes gestacional pode amamentar?

Sim. O aleitamento materno deve ser estimulado em todas as mulheres. Nos primeiros dias após o parto é aconselhável monitorar os níveis de glicemia e manter uma dieta saudável e balanceada.