Desde 2008, diversos estudos científicos apontam a relação entre a deficiência da vitamina D e a infertilidade. Receptores dessa vitamina têm papel importante no sistema reprodutor tanto masculino quanto feminino. Nas mulheres, a vitamina existe dentro do folículo ovariano, que depois se transformará em óvulo.
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma alteração hormonal que leva à formação de cistos nos ovários, fazendo com que eles aumentem de tamanho — tornando-os até três vezes maior que o normal. A causa ainda é desconhecida, mas estima-se que exista uma relação com fatores genéticos e ambientais. Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, a origem do distúrbio está associada à produção da insulina em excesso pelo organismo. O aumento da quantidade dessa substância no sangue provocaria o desequilíbrio hormonal.
A portadora da SOP produz testosterona em excesso e ovula com menor frequência; o que leva a ciclos irregulares. Excesso de pelos, acne e obesidade são outros sintomas recorrentes. A síndrome também aumenta o risco para diabetes do tipo 2 e colesterol alto.
A SOP afeta 20% das mulheres durante a fase de vida reprodutiva
Pesquisadores acreditam que exista uma relação dos níveis de cálcio, a deficiência da vitamina D e a resistência à insulina (RI). A RI é caracterizada pela percepção do organismo que as células não estão recebendo glicose suficiente do açúcar no sangue. Assim, o corpo considera a insulina produzida insuficiente ou disfuncional e demanda maior produção.
A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas que facilita a entrada da glicose nas células
Assim, a suplementação de vitamina D tende a melhorar a sensibilidade à insulina e aumentar as chances de sucesso na gravidez. Além disso, a vitamina D melhora a absorção de cálcio pelo organismo, que ajuda na atuação da insulina. O sistema imunológico da mulher também é bastante beneficiado pelo nutriente.
A vitamina D é conseguida principalmente por meio da exposição ao sol. Mas é preciso ir com calma em suas saídas diurnas. Use sempre protetor solar, chapéu ou boné e evite a exposição prolongada entre 10h e 15h, quando os raios solares são mais fortes.
O nutriente também pode ser encontrado em alguns alimentos, como óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, fígado, manteiga e peixes como salmão. Sardinha e atum têm em menor quantidade.
De um modo geral, a adoção de hábitos mais saudáveis de vida garante uma significativa melhora nos sintomas da síndrome do ovário policístico. Uma dieta com controle de carboidratos e a prática regular de atividades físicas, que reduzem o risco da obesidade e colesterol, são práticas aconselháveis.
Procure uma especialista de sua confiança para fazer uma correta avaliação da necessidade de suplementação de vitamina D.
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